terça-feira, fevereiro 28, 2006

César Stones

Deu na Revista Arca da Igreja Universal. Ué, eles não cuidam só de religião?...

Carioca dança com os Rolling Stones e a crise na saúde


População ainda sonha em ter “satisfaction” no atendimento das unidades médicas do município

A crise na saúde se agrava no município do Rio de Janeiro. Continua a falta de recursos humanos, materiais e de equipamentos nas unidades administradas pela Prefeitura. Num recente artigo, o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), o psiquiatra Paulo César Geraldes, revela que “nos postos de saúde da capital fluminense, como, por exemplo, o da Gávea, na Zona Sul da cidade, faltam recursos humanos; nos hospitais Souza Aguiar (Centro) e Miguel Couto (Gávea), faltam equipamentos e condições ambientais mínimas até para realizar cirurgias (entre outros problemas, não há ar condicionado); e no Hospital Salgado Filho (Méier, Zona Norte), a emergência não funciona pois não existem médicos contratados”. O dirigente denuncia que “a incompetência gestora municipal está declarada na tentativa de se terceirizar o funcionamento do Hospital do Acari (na Zona Norte), pois o município, confessando sua incapacidade de colocar em atividade a unidade, tenta escamotear sua responsabilidade, passando para o setor privado a administração do setor de Saúde”. Para Paulo César Geraldes, uma medida “inconstitucional, ilegal e, sobretudo, prejudicial para a população, pois inverte a equação do lucro social, para o lucro econômico financeiro”. O curioso é que o prefeito César Maia e o secretário Municipal de Saúde, Ronaldo Cezar Coelho, dizem que faltam recursos para o setor, mas, ao que parece, estes sobram na área da cultura.
Leia mais.

segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Um banho original

Ela está tomando banho de pipoca ou será apenas o tempero dessa guloseima?


A propósito do Carnaval


Entrudo


O carnaval foi introduzido no Brasil pelos portugueses, provavelmente no século XVII, com o nome de entrudo. Essa forma de brincar, que persistiu durante a Colônia e a Monarquia, consistia num folguedo alegre mas violento. As pessoas atiravam umas nas outras água com bisnagas ou limões de cera e depois pó, cal e tudo que tivessem às mãos. Combatido como jogo selvagem, o entrudo prevaleceu até aparecerem elementos de brincar menos agressivos, como o confete, a serpentina e o lança-perfume.
Daí em diante, através dos tempos, o carnaval foi inovando. Em 1840 realizou-se o primeiro baile. Em 1846 surgiu o Zé Pereira, grupo dos foliões de rua com bombos e tambores. Vieram depois os cordões, as sociedades carnavalescas, blocos e ranchos. O corso, hoje desaparecido, consistia num desfile de carros pelas ruas da cidade, todos de capota arriada, com foliões fantasiados atirando confetes e serpentinas uns nos outros. Em 1929, foi fundada a primeira escola de samba (Deixa Falar), no bairro carioca do Estácio, seguida de várias outras, no Rio de Janeiro e em outros estados.


Em 1955 ainda existia o entrudo, pelo menos no interior de Pernambuco. Eu nunca tinha ouvido falar. Tinha ido para Bom Conselho próximo a Palmeiras dos Indios, em Alagoas. Me informaram: - A brincadeira é com água limpa, água suja, talco, etc, etc. Não me incomodei porque íamos para uma fazenda distante a cavalo, eu e mais dois meninos, depois de terminada a feira livre. Muitos vendedores e também muitos compradores não eram da cidade, visto a quantidade de cavaleiros que pegavam as estradas. Fomos no meio dessa tropa. Chegamos ao anoitecer. Foi o tempo de jantar e dormir pois não havia luz elétrica. No dia seguinte banho de rio e passeios a cavalo. Novamente jantar e dormir. No domingo de manhã regressamos. Eu pensava que o entrudo fosse apenas no primeiro dia de carnaval. Mas a turminha da bagunça já nos esperava na rua de entrada munidos dos apetrechos de combate.

Nesse meu passeio a Pernambuco tomei banho de rio de água limpa pela primeira vez, andei a cavalo pela primeira vez e fiquei conhecendo como era ser vítima no entrudo.

À deriva na internet

Animal Salvaje

Que seria? Uma passista de escola de samba descansando? Uma bailarina de inferninho? Uma pacata cidadã aprontando-se para sair?

Segundo Antonio F. Marín é um Animal Selvagem.

domingo, fevereiro 26, 2006

Notícias Antigas - Novas Notícias

Notícias Antigas

16/02/2002 - 10h40
Jader Barbalho é preso em Belém pela Polícia Federal
Folha Online

O ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA) foi preso na manhã de hoje em Belém pela Polícia Federal. Ontem, a Justiça Federal de Tocantins havia expedido um mandado de prisão provisória de um grupo de pessoas envolvidas no escândalo da extinta Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia).
Jader foi preso às 9h30 em Belém e transferido para Palmas (TO) às 11h30. Eles devem ficar presos na superintendência da PF.


Notícias Novas

Lula decidiu patrocinar uma manobra de última hora para tentar atrair para sua chapa nas eleições presidenciais deste ano um candidato a vice do PMDB. Em articulação com peemedebistas ligados ao governo, o presidente age para melar as prévias do PMDB, marcadas
para 19 de março.
O principal interlocutor de Lula no PMDB é o presidente do Congresso, Renan Calheiros (AL). Auxiliado pelo senador José Sarney (PMDB-AP), Renan tentou o quanto pôde evitar as prévias. Foi vencido. Parecia conformado. Porém o crescimento de Lula nas pesquisas animou-o a arregaçar de novo as mangas.

Depois de um encontro reservado que manteve com Lula, Renan voltou a conspirar contra as prévias. Além de Sarney, é auxiliado agora por Ney Suassuna (PMDB-PB), no Senado, e por Jader Barbalho (PMDB-PA), na Câmara.

Que maravilha! Todos são grandes democratas! Todos são cidadãos honrados! E Lula é quem mais entende de moral e ética neste país!


As denúncias envolvendo Jader Barbalho
JB Online

Jader ainda não explicou o crescimento de sua fortuna pessoal. As suspeitas envolvendo o presidente do Congresso, Jader Barbalho (PMDB-PA) datam da época em que era governador do Pará, mas nunca foram investigadas. O primeiro grande movimento com o objetivo de esclarecer as dúvidas sobre a origem da fortuna de Jader aconteceu em 1992, quando a Câmara recolheu 231 assinaturas para instalação de uma CPI contra ele. A Comissão deveria investigar o período em que o parlamentar foi ministro da Reforma Agrária (1987-1988) e da Previdência Social (1989-1990). O pedido de CPI se arrasta até hoje na Câmara, onde tramitou por 22 lugares diferentes, entre comissões, Mesa Diretora e plenário. Além do processo da Câmara a Justiça do Pará também investigou o parlamentar. Ele é suspeito de desviar recursos do Banco do Estado, o Banpará, na época em que foi governador (1984-1987). De acordo com um relatório do Banco Central, pelo menos R$ 2,5 milhões foram retirados do banco e depositados em contas de Jader no Rio de Janeiro.
Outro fato que também depõe contra Jader Barbalho são suas ligações com a liberação de verbas da extinta Superintendência para o Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Durante anos ele manteve o controle das indicações para o comando do orgão. Foi ele o responsável, por exemplo, pelas nomeações de José Artur Guedes Tourinho e de Maurício Vasconcelos, ex-superintendentes demitidos por envolvimento em projetos irregulares. Além disto ele próprio reconheceu ter feito negócio com o empresário José Osmar Borges, apontado pelo Ministério Público Federal como o maior fraudador da Sudam. O empresário, acusado de desviar mais de R$ 133 milhões de recursos públicos, foi sócio de Jader em negócios suspeitos envolvendo posses de terra no Pará.

Títulos da Dívida Agrária

De acordo com uma reportagem da revista IstoÉ o senador Jader Barbalho participou de um golpe, que rendeu pelo menos US$ 4 milhões envolvendo a venda de Títulos da Dívida Agrária (TDAs). A fraude teria sido efetuada quando ele foi ministro da Reforma Agrária do governo de José Sarney. Com base na gravação de uma conversa telefônica do subprocurador-geral da República aposentado Gildo Ferraz com o banqueiro Serafim Moraes e sua mulher, Vera Campos, a revista acusa Jader de comercializar TDAs obtidos de forma fraudulenta. Os TDAs seriam provenientes da desapropriação da Fazenda Paraíso, de propriedade de Vicente. A Justiça constatou que a fazenda só existia no papel, e o governo foi obrigado a cancelar a desapropriação e a bloquear os TDAs.

Jader pediu ao procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, a abertura de inquérito policial para apurar os fatos, que classificou de "mentirosos, caluniosos e levianos".

sábado, fevereiro 25, 2006

Chega de notícia ruim. Vamos rir um pouco!

(Sebastião Nery)

O barbeiro

Djalma Marinho, anjo azul do Rio Grande do Norte, deputado estadual de 47 a 50 e federal de 51 a 81, exceto quando perdeu para governador e senador, tinha um compadre barbeiro em Nova Cruz, sua terra. Passou lá, foi fazer o cabelo e a barba. O barbeiro tinha um pedido:

- Compadre, vi nos jornais que você está indo amanhã para Roma e vai estar com o papa. Admiro muito ele e tenho esta foto dele aqui na barbearia, mas sem assinatura. Quero que você traga uma foto assinada, com dedicatória para mim. O papa é o maior homem do mundo. Um homem e um santo.

Djalma viajou, nem pensou em incomodar o Vaticano por uma foto assinada pelo papa. Mas o compadre barbeiro o esperava com a foto e a assinatura. Quando voltou a Cruz Nova, mal sentou na cadeira, foi cobrado:

- Esteve com o papa, compadre Djalma? E o meu pedido?
- Pois é, compadre. Quando vi o papa, só me lembrava de você. Você tem razão. É um homem extraordinário e com aquele rosto e aqueles olhos de santo. Eu lhe beijei o anel e a primeira coisa que ia falar era na foto assinada para você. Mas, para beijar o anel, eu me curvei todo, e ele logo reclamou:
- Deputado, quem é o barbeiro que faz esse estrago em sua cabeça?
- Você há de compreender. Não tive mais condições de fazer o pedido.

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Eu assumo minhas lambanças

Quem é que paga isso? Quem? Quem? O ético ou o etílico Lula?

O comércio está com muitos problemas. Eu, como comerciante, para não atrasar meus compromissos com fornecedores, saquei R$ 500,00 do cartão de crédito. Quem vai pagar... Eu, lógico!

Por trás do cartão de crédito
A repórter Marta Salomon (na Folha, para assinantes) informa:

Em auditoria sobre o uso de cartões da Presidência, aprovada em sessão sigilosa, o TCU (Tribunal de Contas da União) decidiu cobrar explicações para a compra de bebidas alcoólicas e alimentos "refinados" para a Granja do Torto e o Palácio da Alvorada - residências oficiais do presidente.
Reunidos na denominação "gêneros de alimentação", esses itens consumiram pouco mais de R$ 608 mil no período de um ano e meio (2004 e primeiro semestre de 2005) e chamaram a atenção dos auditores do tribunal que analisaram os gastos - e sobretudo os saques em dinheiro - com os cartões, protegidos por sigilo.

Olha nós pagando a cachaça do Lula (comentário deste blog)

Entre a posse de Lula e o início da investigação do TCU, quase R$ 20 milhões haviam sido gastos com cartões da Presidência, sobretudo por meio de saques. Em um único mês, um dos portadores de cartões da Presidência sacou R$ 78 mil em dinheiro vivo. Em 2004, os saques representaram 60% dos gastos com cartões. À época, o tribunal já criticava a falta de transparência nos gastos.

Olha nós pagando a farra do boi (comentário deste blog)

No Planalto, um número restrito de funcionários, menos de 50, chamados de "ecônomos", usam os cartões em nome do presidente e demais autoridades.Uma regra baixada em dezembro de 2003 pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência cercou de sigilo detalhes dos gastos com cartões, a pretexto de zelo com a segurança do presidente Lula e de sua família.

Muito certo. Roupa suja se lava em casa. (comentário deste blog)

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Você já foi mais humilde

22/02/2006 - 18h16
Lula diz que fez mais pelo país em 4 anos do que a elite em 500 anos
Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que seu governo fez mais pelo país do que a elite que esteve no poder em 500 anos. Num discurso cheio de elogios aos programas sociais do governo, Lula disse que ainda não fez tudo o que gostaria de fazer pelo Brasil."Não fiz tudo que ainda precisava fazer mas, certamente, já fizemos muito mais do que uma elite que governou este país durante quase 500 anos e esqueceu a parte pobre da população", disse ele em visita ao campus da Universidade Federal do Maranhão, em Imperatriz.

É melhor ser surdo do que ouvir isso! Simples falta de simancol!

Vai-se o homem. Muitas vezes fica a fama

Aí o rei mandou um súdito à casa do Bocage para desmoralizá-lo...

Nos meus tempos de moleque quase todas as piadas eram creditadas na conta de Manuel Maria Barbosa du Bocage. Nas piadas ele era sempre o algoz, nunca a vítima. Isso devido aos seus inúmeros sonetos satíricos.
Ao longo do século XIX e da primeira metade do século XX, foi-se sedimentando um anedotário que tinha o escritor como principal interveniente. Por outro lado, as transgressões aos valores instituídos também eram de imediato identificadas com o nome de Bocage. Deste modo, foi-se tecendo uma lenda que continua ainda a ser alimentada.

Depois que sublimei as histórias de Pedro Malasartes, de Pedrinho do Sítio do Picapau Amarelo, do Jéca Tatu e outros que tais, começando a ler de verdade, aí conheci o Bocage.


Saiba morrer o que viver não soube

Meu ser evaporei na lida insana
do tropel de paixões que me arrastava.
Ah! Cego eu cria, ah! mísero eu sonhava
em mim quase imortal a essência humana.

De que inúmeros sóis a mente ufana
existência falaz me não dourava!
Mas eis sucumbe Natureza escrava
ao mal, que a vida em sua origem dana.

Prazeres, sócios meus e meus tiranos!
Esta alma, que sedenta em si não coube
no abismo vos sumiu dos desenganos.

Deus, ó Deus!... Quando a morte à luz me roube
ganhe um momento o que perderam anos
saiba morrer o que viver não soube.



Já Bocage não sou!

Já Bocage não sou!... À cova escura
Meu estro vai parar desfeito em vento...
Eu aos Céus ultrajei! O meu tormento
Leve me torne sempre a terra dura.

Conheço agora já quão vã figura
Em prosa e verso fez meu louco intento;
Musa!... Tivera algum merecimento
Se um raio de razão seguisse pura!

Eu me arrependo; a língua quase fria
Brade em alto pregão à mocidade,
Que atrás do som fantástico corria.

Outro Aretino fui... A santidade
Manchei - ... Oh! Se me creste, gente ímpia,
Rasga meus versos, crê na eternidade!

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Carnaval fora de época

Jornal do Comércio de Pernambuco

Petrolina

Lula abraça sertanejos e posa com vaqueiros em Petrolina
Publicado em 21.02.2006, às 13h23

Do JC OnLine Com informações de Jamildo Melo/Economia JC

O segundo discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Sertão nordestino, na manhã desta terça-feira, encerrou por volta das 13h, em Petrolina, Pernambuco. Mais uma vez, o presidente fez indicações sobre uma possível reeleição. Neste início de tarde, Lula segue para Arapiraca, em Alagoas, onde vai lançar a pedra fundamental do campus da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) no município.
Fazendo alusão ao palanque em que discursava, Lula disse que, com a Universidade do Vale do São Franscisco (Univasf), "vamos ter engenheiros que façam parapeitos que não obstruam a comunicação com o povo". O presidente também prometeu a liberação de recursos para a ampliação da ponte que une Juazeiro, na Bahia, a Petrolina.
Depois de um discurso populista alegando que "poucos faziam pela educação dos mais pobres no Brasil", o presidente desceu do palanque para fazer fotografias com vaqueiros e abraçar a população que estava à beira do palanque. (Queremos ver essas fotos)
Lula ainda afirmou que "o destino de ser vaqueiro era determinado pelas elites e que com a universidade eles vão poder obter um diploma de doutor". Ele acrescentou que apenas o Sul forma doutores, mas isso tem que ser revertido. "O Nordeste também pode formar doutores", enfatizou.

Comunicação com o público

Além dos pardais

Muitas vezes ficamos engarrafados por um longo período sem sabermos se há possibilidade de evitar o transtorno. Na avenida Brasil, Linha Vermelha, Linha Amarela, etc, não custava colocarem um jornal luminoso dando informações sôbre as boas ou más condições de trânsito à frente do motorista e informando também que direção tomar. De uma coisa porém se pode ter certeza: no nosso caminho estará sempre o indefectível pardal.


É bem verdade que a turma aí em cima está no mato sem cachorro, ou, como se diz, não têm pra onde ir. Mas está todo mundo calmo. Já sabem que um idiota falando ao celular se arrebentou mais adiante.

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Quem está levando essa pesquisa a sério?

(Sebastião Nery)

O periscópio de Clésio
Felisberto Batista Teixeira, delegado do Dops (Departamento de Ordem Política e Social) da polícia de Filinto Muller, no Rio, na ditadura Vargas, prendeu um operário acusado de ajudar o Partido Comunista:
- Confesse logo. Você é do PC! Ou ajuda o PC!
- Não sou não! Nem ajudo!
- Como é que você anda com eles? Então vai ter que dar o serviço todo. Você sabe! Você vai ter que contar!
E começou a torturá-lo. Bateu de palmatória, pôs no pau de arara, espremeu as unhas com alicate (ainda não haviam chegado ao choque elétrico). Deu telefones nos ouvidos, arrebentou o homem todo aos berros.
De repente, entrou na sala Luís Glayssman, chefe do serviço secreto da polícia, mandou parar a tortura:
- Não adianta você ficar aí resistindo, sem querer falar. Se você não falar, vai morrer. Fale logo. Diga onde está o mimeógrafo.
- Ah, o mimeógrafo? Isso eu sei. Está enterrado lá no fundo do quintal.
- Por que você não falou antes?
- Porque ninguem me perguntou. Este animal aí passou o tempo todo me batendo e perguntando onde está o "periscópio".

CNT e Sensus
O Brasil é um país mais do que surrealista, esquizofrênico. Na abertura da campanha presidencial, um senhor sub-judice, vasculhado pela polícia, pelo Ministério Público, pela Justiça, com milhões de reais em cheques de uma entidade pública jogados em outras contas, fabrica, por encomenda de alguém, uma "pesquisa eleitoral" como se fosse cacho de banana para a feira.
A CNT (Confederação Nacional dos Transportes) há muitos anos é dirigida e manipulada por um simpático e elegante pelego patronal, que, usando-a, arrumou para ser vice-governador de Minas.
Há algum tempo, assim como a CNI (Confederação Nacional da Indústria), promove pesquisas feitas pelo Ibope, a CNT passou a encomendar pesquisas ao Vox Populi, um instituto mineiro já de tradição e respeitado.
De uma hora para outra, ninguém nunca soube por que, o Clésio da CNT dispensou o Vox Populi e providenciou outro, um novo, desconhecido, um tal de Sensus, que passou a "pesquisar", quer dizer, a assinar "pesquisas" para ele. E foi esse insensato Sensus que produziu essa nova "pesquisa". Mas não é uma "pesquisa". Como na sala de tortura, é um "periscópio".

Ibope e Enéas
Pesquisa sabe-se o que é: a voz do dono, a voz de quem encomenda e paga. Ainda na semana passada, o deputado Enéas, do Prona, reclamou do Ibope porque, nas pesquisas do instituto, o nome dele não está aparecendo. O Ibope mandou uma resposta:
"O Ibope-Opinião realiza pesquisas sob demanda de clientes e os mesmos nem sempre aceitam ou consideram a inclusão do candidato do partido Prona nas perguntas de intenção de voto para presidente da República. Até o registro oficial das candidaturas, as listas testadas podem variar de pesquisa para pesquisa, de acordo com nossos clientes. Ressaltamos ainda que as pesquisas que forem realizadas por iniciativa do próprio Ibope contemplarão, certamente, o nome do candidato do Prona".
Como faltam oito meses para as eleições, toda pesquisa agora é um salto no escuro. Mas há cambalhotas que desmoralizam o cambalhoteiro.

Clésio e Valério
As conhecidas e notórias impressões digitais do Clésio estão lá: uma "pesquisa" para agradar a Lula e ao governo. Mais do que agradar, imobilizar, amordaçar o governo. Sócio, professor e consultor de Marcos Valério no escândalo do Mensalão, do Valerioduto, do PTlama e do Lula-gate, o Clésio da CNT imagina que, com o cacho de banana do Sensus, vai impedir que a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça continuem atrás dele.
Até o Cesar Maia, capitão de longo curso, ficou escandalizado:
"A pesquisa Sensus é completamente inconsistente, tem cheiro de pesquisa forjada. No Ibope (em janeiro), Serra e Alckmin tinham entre 7% e 9% de rejeição. Agora, no Sensus, têm entre 39% e 41% de rejeição. Defendo que os partidos peçam uma auditoria técnica no Sensus. Há cheiro de um apêndice do Mensalão. Afinal, quem contrata é suspeito e era sócio do Marcos Valério. A auditoria no Sensus para a pesquisa, que tem todo jeito de ser forjada, é urgente, para que se pare de manipular pesquisas eleitorais. O Clésio Andrade da CNT foi sócio do Marcos Valério do Mensalão".
E a Globo ficou com tanta vergonha da "pesquisa" que não pôs no ar.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Notícias que vão alterar a história da humanidade

Carrinhos de supermercado são campeões de bactéria, diz pesquisa
SEUL (Reuters)
- Carrinhos de supermercado são os objetos mais contaminados por bactérias entre os itens geralmente usados no dia-a-dia. Por outro lado, as maçanetas de banheiros públicos não são tão contaminadas como se esperava, mostrou uma pesquisa realizada na Coréia do Sul. O Comitê de Proteção ao Consumidor da Coréia testou seis itens que são mais manuseados pelas pessoas e avaliou seu conteúdo de bactérias. Os carrinhos de supermercado foram os mais infectados, seguidos por mouses usados em computadores de cibercafés. Tiras para as mãos em ônibus e maçanetas de banheiros apareceram depois. Finalizando o ranking dos mais contaminados, apareceram botões de elevador e barras para se segurar em metrôs. De acordo com a pesquisa, a lavagem das mãos elimina quase todas as bactérias.
(Por Lee Jin-joo)

Me vem à lembrança agora um dos amigos dos meus amigos. Ele, quando viajava de trem ou de ônibus, usava sua própria alça, ou chupeta, como se dizia, que ele prendia na barra horizontal do veículo. Os "mais velhos" hão de se lembrar dessas peças, onde se agarravam duas, tres, quatro, cinco mãos, no afã de manter o equilíbrio. E quando os passageiros achavam que a chupeta particular do nosso amigo era comunitária? Aí tinha problema.

sábado, fevereiro 11, 2006

Renato Gaúcho defende Valdiran ou O folclore do futebol

O ataque do Vasco tem 75 anos (40 Romário + 35 "Capetinha")
O folclore do futebol - João Saldanha


Vai dar merda! O site oficial do Edilson é em preto e vermelho, tem as iniciais CRF ao fundo e a inscrição "o capetinha da Gávea". Vai dar merda!

Daqui em diante - fonte: site NetVasco/Placar

Apesar da contratação do “Capetinha” Edílson, que será oficialmente apresentado pelo clube na próxima segunda-feira, o assunto que dominou o Vasco nos dois últimos dias foi a chegada do atacante Valdiran, contratado ao Esportivo-RS e que já teve três prisões em decorrência de tentativa de estupro e agressão. Neste sábado, o jogador atuou como titular no amistoso contra o Hyundai, da Coréia do Sul, em São Januário. O Vasco bateu o time sul-coreano por 2 x 1, gols de Róbson Luiz e Ricardinho. Valdiran teve participação razoável e deve ser titular na estréia do time cruzmaltino na Copa do Brasil, quarta-feira, em João Pessoa, contra o Botafogo-PB. Isto porque Romário, que não participou do amistoso deste sábado, não irá à capital paraibana. O técnico Renato Gaúcho voltou a defender Valdiran, que chegou a ser ironizado por alguns torcedores que assistiram o amistoso. Para Renato, o jogador não criará problemas e sua vida pregressa não o impedirá de assumir um novo comportamento daqui por diante. “Como dizia o João Saldanha, não contratei o Valdiran para casar com a minha filha, mas para jogar futebol. Não quero saber o que ele já fez, se é verdade ou não. Conversei com o jogador, ele está casado e com uma filha, não pode desperdiçar a grande oportunidade de sua vida”, afirmou Renato à Rádio Brasil.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Meus 15 anos - Humberto de Campos

Um pequeno conto

Hoje liguei para o Abeu, colégio que sucedeu ao Filgueiras, onde fiz todo o curso ginasial e o primeiro científico. O restante do científico fiz na Escola Preparatória de Cadetes do Ar, em Barbacena - MG, onde entrei como paraquedista. Não, eu não saltei de paraquedas. Apenas quem caía no meio do curso era paraquedista. Tem lógica.
A funcionária do colégio me informou que os alunos da Faculdade podiam levar livros para casa. Os alunos de nível médio podiam consultar na biblioteca ou tirar xerox. Uma injustiça. Ela justificou dizendo que o acêrvo para o nível médio era pequeno. Eu liguei para não fazer falso juízo de valor. Achei que atualmente os colégios não tinham a mesma seriedade de antigamente. Bom, no meu tempo a biblioteca tinha boa frequência e a gente levava os livros para casa. E o acêrvo era razoável. Meus preferidos eram Humberto de Campos, Machado de Assis, José de Alencar e Eça de Queiroz.
À propósito, o Abeu foi meu primeiro provedor de internet. Depois eles encerraram essa fase. Veja os links:
UNIABEU Campus 2 - Nilópolis
ABEU COLÉGIOS (Nilópolis)

Hoje relembrei aquele tempo. A internet me trouxe Humberto de Campos. E veio um delicioso e malicioso conto. Um pequeno conto. Eu não o conhecia. Se o tivesse lido naquela época pode ser que não tivesse entendido o desfecho. A molecada de agora entende até bem demais. E iria mesmo substituir a mão microscópica por bôca microscópica.


Microscópio

Humberto de Campos

Os salões do desembargador Marcelino Pedreira, à rua São Clemente, achavam-se repletos, como poucas vezes acontecia, naquela noite memorável. Políticos, magistrados, médicos, bacharéis, homens de letras e homens de negócios enchiam os grandes compartimentos do
palacete magnífico, de mistura com o que há de mais fino, de mais chic, de mais distinto, nas rodas femininas do Rio. Lauro Müller, Miguel Couto, Pires do Rio, Antônio Azeredo, são silhuetas em evidência. O encanto da reunião está, entretanto, na revoada de moças e senhoras que volteiam pelas salas, e entre as quais se destaca, pela formosura, pela mocidade, pela inocência do olhar e dos modos, Mlle. Júlia Petersen, noiva do Dr. Abelardo Moura e filha única do desembargador Feliciano Mendonça. De repente, como se um punhado de folhas e flores obedecesse a um redemoinho invisível, faz-se uma roda em torno a uma das mesas da sala de chá. Homens de ciência e damas inteligentes formam o grupo. Elevada, culta, a palestra versa os assuntos mais variados, encantando as senhoras.
Na sala contígua, dança-se. E, entre os pares, o Dr. Abelardo e a noiva. Súbito, parando, põem-se os dois a conversar:
— Que mãos tens tu, Julita! — elogia o noivo, maravilhado, apertando os dedos miúdos, finos, quase infantis, da sua prometida
— Acha-a pequena? — indaga a moça
— Microscópica!
— Como?
— Microscópica! — insiste o rapaz.
Intrigada com o vocábulo, que ouvia pela primeira vez, a moça pede licença por um instante, penetra no salão de chá e, com a sua ingenuidade, indaga do Dr. Álvaro Osório:
— Doutor, que significa "microscópico?"
— É um derivado de "microscópio", Mademoiselle! — explica o ilustre fisiologista.
— E que é "microscópio"? — torna a menina, franzindo a testa morena, que os olhos iluminam. O Dr. Álvaro medita um momento, e, para não perder tempo, explica:
— É um aparelho que faz as coisas crescerem. Compreende?
A menina sorri, agradecida. De repente, porém, pisca os olhos, franze mais a testa, e enrubescendo:
— Ahn!...
Morde o dedinho róseo, meio brejeira, meio encabulada:
— Sem vergonha! Agora é que eu compreendo porque é que ele diz que eu tenho a mão microscópica ...
E sai correndo, vermelha, a abraçar-se com o noivo.

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Informações muito úteis

Sabe aquela hora que você está no mato sem cachorro?
No link abaixo estão várias soluções. Uma delas vai salvar você.
Mais de 100 guias de sobrevivência no emaranhado do conhecimento.


Tomás Antônio Gonzaga

O poeta Tomás Antônio Gonzaga, patrono da cadeira nº 37 da Academia Brasileira de Letras, nasceu na cidade do Porto, em Portugal, a 11 de agosto de 1744 e faleceu na Ilha de Moçambique, onde cumprira pena de degredo, em fevereiro de 1810.
Era filho do brasileiro Dr. João Bernardo Gonzaga e de D. Tomásia Isabel Clark. Passou alguns anos da infância no Recife e na Bahia onde o pai servia na magistratura e, adolescente, retornou a Portugal a fim de completar os estudos, matriculando-se na Universidade de Coimbra na qual concluiu o curso de Direito aos 24 anos.
Depois de formado exerceu Gonzaga alguns cargos de natureza jurídica, já tendo advogado em várias causas na cidade do Porto. Candidatou-se a uma Cadeira na Universidade de Coimbra, apresentando uma tese intitulada "Tratado de Direito Natural". Em 1778 foi nomeado juiz-de-fora na cidade de Beja, com exercício até 1781. No ano seguinte é indicado para ocupar o cargo de Ouvidor Geral na comarca de Vila Rica (Ouro Preto), na Capitania de Minas Gerais.
A permanência em Vila Rica estendeu-se até o ano de 1789, quando foi envolvido na famosa Inconfidência Mineira. Em maio do referido ano, acusado de participação na conspiração é detido e, sem maiores formalidades, remetido preso para o Rio de Janeiro.
Nessa ocasião estava o poeta noivo de Maria Dorotéia Joaquina de Seixas, jovem pertencente a uma das principais famílias da capital mineira, e a quem dedicava poesias do mais requintado sabor clássico, que iriam fazer parte do livro intitulado "Marília de Dirceu" cuja primeira parte foi publicada em Lisboa, pela Impressão Régia, no ano de 1792.
A obra poética de Tomás Antônio Gonzaga é relativamente pequena mas suas liras tiveram dezenas de edições.


Lira XIV

Minha bela Marília, tudo passa;
A sorte deste mundo é mal segura;
Se vem depois dos males a ventura,
Vem depois dos prazeres a desgraça.
Estão os mesmos Deuses
Sujeitos ao poder do impio Fado:
Apolo já fugiu do Céu brilhante,
Já foi Pastor de gado.
A devorante mão da negra Morte
Acaba de roubar o bem, que temos;
Até na triste campa não podemos
Zombar do braço da inconstante sorte.
Qual fica no sepulcro,
Que seus avós ergueram, descansado;
Qual no campo, e lhe arranca os brancos ossos
Ferro do torto arado.
Ah! enquanto os Destinos impiedosos
Não voltam contra nós a face irada,
Façamos, sim façamos, doce amada,
Os nossos breves dias mais ditosos.
Um coração, que frouxo
A grata posse de seu bem difere,
A si, Marília, a si próprio rouba,
E a si próprio fere.
Ornemos nossas testas com as flores.
E façamos de feno um brando leito,
Prendamo-nos, Marília, em laço estreito
Gozemos do prazer de sãos Amores.
Sobre as nossas cabeças,
Sem que o possam deter, o tempo corre;
E para nós o tempo, que se passa,
Também, Marília, morre.
Com os anos, Marília, o gosto falta
E se entorpece o corpo já cansado;
Triste o velho cordeiro está deitado,
E o leve filho sempre alegre salta.
A mesma formosura
É dote, que só goza a mocidade:
Rugam-se as faces, o cabelo alveja,
Mal chega a longa idade.
Que havemos de esperar, Marília bela?
Que vão passando os florescentes dias?
As glórias, que vêm tarde, já vêm frias;
E pode enfim mudar-se a nossa estrela.
Ah! Não, minha Marília,
Aproveite-se o tempo, antes que faça
O estrago de roubar ao corpo as forças
E ao semblante a graça.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Da série Zé do Boné


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva calça luvas que recebeu de presente do lutador Acelino Freitas, o Popó, antes de embarcar para a Argélia Leia mais

terça-feira, fevereiro 07, 2006

A política do acerto

Abram os olhos, brasileiros. Os partidos de acerto já estão chegando!

Era uma vez um partido chamado PTB comandado por Getúlio Vargas. Até não tinha muita expressão eleitoral. Mas depois da morte de Getúlio chegou quase a ser o primeiro partido percentualmente.
O vice-presidente Café Filho sofreu um ataque cardíaco e foi substituído por Carlos Luz, aliado dos chamados golpistas. Nesse momento de incerteza e risco ocorreu o chamado golpe preventivo do general Lott, em novembro de 1955, que garantiu a posse de Juscelino, em janeiro de 1956. Naqueles tempos o vice também era votado. João Goulart obteve mais votos que Juscelino.
Como se deu a sucessão de Juscelino? Um dos nomes que participou da disputa foi o general Lott, figura respeitada nos meios militares, embora fosse fraco como candidato, mesmo com o apoio da aliança PSD-PTB. Seu adversário era Jânio Quadros, uma figura atípica na vida política brasileira; foi apoiado pela UDN, que viu nessa figura contraditória uma última oportunidade de chegar ao poder pelas vias democráticas. Lembremos que a UDN fora derrotada duas vezes com a candidatura de Eduardo Gomes, depois mais uma com Juarez Távora. Apesar do populismo janista, que não se enquadrava no modelo sisudo da UDN, o partido acabou sendo o escolhido. João Goulart também se candidatou como vice e mais uma vez foi eleito.

E o PTB continuou a crescer. Foi o momento áureo do PTB. E era exatamente o crescimento do partido que preocupava cada vez mais os grandes grupos externos, interessados em manter o Brasil jungido a um sistema econômico internacional injusto, inaceitável. Por outro lado, internamente, as elites mais conservadoras também se assustavam com o crescimento do trabalhismo. Isso foi criando uma situação de grandes pressões. Voltou-se a acusar o Jango de ligação com os comunistas; preparou-se a velha estratégia surrada de dizer que o Brasil estava ameaçado de um golpe comunista.
Jango, nesse momento, era indiscutivelmente, a grande liderança do partido, a ponto de a Confederação das Indústrias de São Paulo ter convidado Luís Carlos Prestes para um debate. E o Luís Carlos Prestes foi. Nesse debate, perguntaram a ele: "Se o presidente João Goulart
convidasse o seu partido para participar do governo, o seu partido participaria?" E ele disse: "Não, não participaria, nós já estamos participando." Era exatamente isso que os reacionários de São Paulo e do país queriam para provar que Jango estava envolvido em uma conspiração comunista, dentro daquela tese da república sindicalista que foi desenvolvida.

Isso ocorre no momento em que Jango é vice ou já no momento posterior, em que Jango é presidente? É evidente que é no momento em que Jango é presidente, já posteriormente. Mas é um encaminhamento de questão. Por que se evita a posse de Jango? Por que se cria um problema? Porque Jango foi à China? Mas esse regime não estabeleceu relações com a China? Fica ilógico. Entretanto, na ocasião, o argumento de que ele estava ligado aos comunistas chineses foi um grande argumento. Quer dizer, foi-se criando realmente um clima nacional no sentido de desgastar tremendamente o Jango, que era uma peça ainda móvel do partido, uma peça fundamental do partido. Procurava-se desgastar o Jango para atingir o partido. E foi realmente o que aconteceu.

Com os governos militares acabaram-se os partidos. Foi criada a ARENA, partido da situação, e o MDB da oposição, de fachada, apenas para um simulacro de democracia. Até que essa situação se completou e vieram os antigos partidos novamente.

Preocupado com a construção de um grande partido popular sob a liderança, pouco confiável, de Brizola, o governo militar manobra para entregar a sigla do PTB ao grupo de Ivete Vargas, que mantém uma batalha judicial pela posse da sigla. Ivete, sobrinha-neta de Getúlio, é amiga de confiança do General Golbery do Couto e Silva, hábil articulador do regime militar.
O objetivo da trama montada pelo astuto Golbery é imobilizar o projeto de um partido popular e socialista defendido por Brizola numa rede tecida em seu próprio partido. Porém a armadilha não surte o efeito esperado.
Brizola surpreendendo os seus inimigos (e também muitos amigos) rasga a sigla do PTB e parte para a convocação de um congresso com objetivo de formar um novo partido, surgindo como decisão adotar a denominação Partido Democrático Trabalhista (PDT), e aprofundar a sua proposta socialista.

O PTB é hoje um partido de acertos. Roberto Jefferson queria dissociá-lo da imagem de partido de aluguel ao denunciar o mensalão. Mas creio que não convenceu a ninguém. O noticiário desta semana já proclama o novo acerto do PTB com o governo de Lula. É muito triste!

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

PDT entra com ação no STF contra taxa básica de juros e Copom

da Folha Online

O PDT entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no STF (Supremo Tribunal Federal), com pedido de liminar, contra uma circular do Banco Central que criou a taxa básica de juros (a chamada "taxa Selic") e o Copom (Comitê de Política Monetária), colegiado do banco responsável pela definição do nível dos juros primários do país.

Para a legenda, o BC cometeu "excesso de poder" e que a diretoria da instituição "arrogou-se poderes que não lhe foram legalmente atribuídos e, agindo dessa forma, torna tal ato normativo arbitrário, ilícito e nulo".

O partido afirma que o BC não tinha autorização legal ou constitucional para instituir o Copom ou a taxa Selic, que em última instância regula o nível dos juros praticados pelos bancos nos financiamentos ao consumidor e para as empresas.

Quais são as chances dessa liminar vingar, Sr. Ministro Jobim?

A intolerância religiosa

Da enciclopédia WikipediA compilei os seguintes trechos:

Muhammad (570-632), também grafado Mohammad, Mohammed, Muhammed, e algumas vezes Mahomet (seguindo o turco), é aceito pelos muçulmanos como o profeta final de Deus ("o anterior foi Jesus") enviado para guiar toda a humanidade com a mensagem do Islã. Ele é mencionado como "O Profeta" na fé. Os não muçulmanos em geral o consideram como o fundador do Islã.
De acordo com os tradicionais biógrafos muçulmanos, ele nasceu em 570 em Mecca (Makkah) e faleceu em 8 de junho de 632 em Medina (Madinah). Ambas, Mecca e Medina são cidades da região de Hejaz da atual Arábia Saudita. O nome Muhammad significa "o glorificado" em árabe.

De alguns sites muçulmanos retirei outros trechos:

Não se faz o mal àqueles que fazem o mal a você, mas trate-os com perdão e bondade. (Sahih Al-Bukhari) ("Al-Bukhari seguiu o Profeta por mais de dez anos").

Os muçulmanos deviam seguir o exemplo do Profeta Maomé (a paz esteja com ele), mesmo nas piores circunstâncias. Não reaja violentamente como resposta aos maliciosos cartoons. O Islã é uma mensagem para a salvação da humanidade!

Como muçulmanos, devemos dar um passo atrás e indagar: "O que teria feito o Profeta Maomé?"

O Islã é o modo de viver para os que acreditam em Deus e querem viver uma vida de adoração e obediencia sòmente a Deus. A recompensa é o perdão de Deus e uma duradoura vida no Céu.

Aí vieram as charges no jornal dinamarquês. E começou a encrenca.

E a encrenca parece longe do fim. A Liga Árabe-Européia jogou lenha e gasolina à fogueira. Começou a divulgar em seu sítio na internet charges contendo mensagens ofensivas aos judeus. A primeira (reproduzida abaixo) exibe Hitler na cama com Anne Frank.
A decisão de adotar a tática do dente por dente, charge por charge foi justificada assim: “Após a lição que árabes e muçulmanos receberam dos europeus sobre liberdade de expressão e tolerância, e depois de muitos jornais terem voltado a publicar as charges dinamarquesas do Profeta Maomé, a Liga Árabe decidiu entrar no processo.
E o mais importante diário iraniano, o "Hamshahri", anunciou nesta segunda-feira, dia 6, que convocou um concurso de charges sobre o Holocausto em resposta às ilustrações publicadas por jornais europeus do profeta Muhammad, o que vem motivando uma onda de violência no mundo árabe e muçulmano.
- Bota essa no seu diário, Anne!

Eis uma das charges que originou toda essa confusão:


Pelo visto, a palavra do profeta está a quilômetros de distância dos muçulmanos, pelo menos desses que estão fazendo esse cavalo de batalha, queimando e quebrando e até matando. Assim como a palavra de Jesus também está muito distante de muitos que dizem acreditar nele.

Por isso a religião pode ser a salvação para quem segue à risca a palavra de Deus ou simplesmente o ópio dos ignorantes e dos fanáticos.

PT decide ir à Justiça contra FHC após entrevista a revista

PT e PSDB - O rôto falando do esfarrapado. E vice-versa. Resumo: Nenhum dos dois tem razão!

SÃO PAULO (Reuters) - O PT decidiu entrar com uma ação na Justiça contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso devido a declarações feitas em entrevista à revista IstoÉ, consideradas pelo partido injuriosas, caluniosas e difamatórias.
Na entrevista, publicada na edição desta semana, Fernando Henrique disse que a "a ética do PT é roubar". Além disso, o ex-presidente cita o relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), e diz que concorda com ele quando coloca que "Lula tem responsabilidade por omissão" na corrupção identificada em seu governo.
Segundo o site do PT, ainda não há uma data definida para o partido entrar com a ação, que está sendo elaborada pelo departamento jurídico da legenda.
"Essas declarações demonstram o desespero de um cidadão que foi durante oito anos presidente de um país e que, hoje, consultadas as pesquisas, não teria a menor chance de se eleger", disse nesta segunda-feira o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini, segundo o site.
(Por Alexandre Caverni)

Novo barraco. Quem terá razão?

"A ética do PT é roubar"


Na tarde da quinta-feira 2, o ex-presidente Fernando Henrique recebeu ISTOÉ em seu escritório no centro de São Paulo. A seguir, a entrevista:

ISTOÉ – Qual vai ser o grande tema da campanha para presidente?Fernando Henrique – Eu nunca ouvi falar em tanta corrupção como neste governo. As massas de dinheiro envolvidas são muito altas. Assustadoras. Esse tema vai ser forte.

ISTOÉ – Os tucanos devem bater com muita força?FHC – Temos de mostrar o que aconteceu. Com força. Não podemos aceitar o que o presidente Lula disse em Paris, que todos são corruptos e, portanto, que a corrupção é normal. Não, não. Primeiro, porque não são todos que praticam corrupção. Segundo, a corrupção neste governo é muito mais grave do que nos outros casos da história.

ISTOÉ – Por quê?FHC – Porque os outros casos eram individuais, enquanto no governo Lula a corrupção se organizou e teve a chancela do partido do governo. É um fenômeno novo. No governo Lula, a corrupção tem organicidade, foi arquitetada. É sistêmica.

ISTOÉ – O sr. acredita que o presidente Lula não sabia de nada?FHC – Se não sabe, é porque está comendo mosca. Aliás, deve ter ficado viciado em comer moscas. Eu acho que o deputado (Osmar) Serraglio (relator da CPI) coloca bem as coisas: Lula tem responsabilidade por omissão. Como não aconteceu nada com o presidente, acho que o Congresso foi omisso ao investigar a responsabilidade dele. Faltou a pergunta: quem é o beneficiário, a quem interessa tudo isso?

ISTOÉ – A quem?FHC – Ao próprio presidente. O que o Duda Mendonça declarou no depoimento dele? Que recebeu aquele dinheiro ilegalmente, numa conta ilegal, e que com esse dinheiro fez diversas campanhas, inclusive a do próprio Lula. Então, Lula é beneficiário.

ISTOÉ – O impeachment deveria ter sido discutido?FHC – Sim, mas agora não dá mais. Lula é o símbolo do imigrante operário pobre que chegou a presidente. É um símbolo declinante, uma estrela cadente. Mas o horizonte, agora, é o eleitoral.

ISTOÉ – Para ganhar do PSDB, o PT sempre agitou a bandeira da ética. Agora,os papéis vão se inverter?FHC – É curioso. O PT sempre procurou se envolver numa aura ética dizendo: “Eu sou puro, os outros não.” Isso se mostrou um perigo, porque levou ao seguinte raciocínio: como eu sou puro, como sou da ética, eu posso, em nome dessa ética que é a revolução, a transformação, sei lá o quê, eu posso cometer deslizes morais. Esses deslizes foram crescendo à medida que o partido começou a tomar mais posições no aparelho do Estado. É paradoxal, mas a ética do PT é roubar. No PT, o militante acredita que está expropriando a burguesia para manter os seus ideais. No fim, para o PT, os fins justificam os meios. Do contrário, como explicar uma pessoa como o Delúbio, que assumiu tudo?

ISTOÉ – O sr. faz idéia?FHC – Na história, um caso como o do Delúbio só tem paralelo naqueles processos de Moscou, na década de 1930, sob (Josef) Stalin. Os grandes heróis da revolução, lá, assumiram coisas que não tinham feito. No PT, todos os que foram à CPI disseram: “Eu não fui, foi o Delúbio.” Delúbio ficou calado porque acredita estar agindo em nome dessa ética partidária que permite pegar dinheiro público em nome do partido e para o partido. Delúbio, assim, virou uma Geni feliz.
"É fantástico. O PT quer manter a sua pureza atolado no lamaçal da corrupção"

ISTOÉ – Mas os petistas continuam agitando a bandeira da ética.FHC – Isso é fantástico do ponto de vista sociológico. É como se o PT quisesse manter a sua pureza atolado num lamaçal formado por seus aliados. Só que isso é uma loucura, porque quem entra nesse lamaçal está tão enlameado quanto quem está vivendo dele. O PT obteve lealdades em troca de dinheiro. Isso é grave. Uma coisa, e não estou defendendo isso, é o caixa 2 de campanhas eleitorais. Outra coisa, bem mais grave, é manter o apoio ao governo à custa de dinheiro público. O mensalão.

ISTOÉ – O PT alega que boa parte do dinheiro em questão servia parapagar dívidas do partido.FHC – Isso só agrava as coisas. Mostra que esse partido não é democrático, que não faz diferença entre a res publica (a coisa pública, em latim) e o interesse privado. Recentemente, o PT comprou 5,6 mil computadores. Como? Com dinheiro do Banco do Brasil, dando como garantia os próprios computadores, o que é uma aberração. Imagine se essa transferência indireta de dinheiro público para uma organização privada acontecesse no meu tempo de presidente... Iriam me crucificar.

ISTOÉ – Mas, ainda assim, Lula pode ganhar a reeleição.FHC – Não acredito, mas pode. E, nesse caso, vai fazer um governo ainda pior doque o atual, porque as condições políticas são piores. Houve uma mudança de sentimento da classe média em relação ao presidente. Ele percebeu e virou odiscurso para a massa de não-informados. Tudo bem, mas ele vai governar com quem? A reeleição seria muito ruim. Vai ficar tudo frouxo, sem sabermos para ondea Nação está indo. Lula pode ganhar como pessoa, mas será guiado pelo mercadoe pelo pior da política. Se Lula for reeleito, o seu ato seguinte será o de pedir a anistia dos petistas cassados ao Congresso.
ISTOÉ – Quem é o melhor candidato tucano para dizer essas coisasem campanha, Geraldo Alckmin ou José Serra?FHC – Seja um, seja outro, terá de entrar nesses temas, com uma palavra muito forte. De crítica a isso tudo, e de confiança de que vai ser diferente. Qual deles será, ainda não sabemos. Vamos escolher quem tiver mais chances de derrotar Lula, mas a decisão de concorrer é pessoal. Para Alckmin está mais fácil, seu mandato está terminando. Serra teria de enfrentar um buraco negro entre abandonar a prefeitura e vencer as eleições. Será que ele vai querer correr esse risco?

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Mais desenhos





Archimedes de Castro Faria Filho
Lápis no. 2
10/07/1961

















Valmir José de Pontes Silva
Caneta esferográfica
18/03/1960























Igreja
Caruarú
07/02/1961



Na época não me informei sôbre a denominação da igreja. Mas o Reginaldo pode nos ajudar já que o local é próximo de onde êle residia.


































Minha prima
02/02/1961
Lápis preto no. 2

Bom Conselho - Pernambuco