domingo, fevereiro 26, 2006

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Notícias Antigas

16/02/2002 - 10h40
Jader Barbalho é preso em Belém pela Polícia Federal
Folha Online

O ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA) foi preso na manhã de hoje em Belém pela Polícia Federal. Ontem, a Justiça Federal de Tocantins havia expedido um mandado de prisão provisória de um grupo de pessoas envolvidas no escândalo da extinta Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia).
Jader foi preso às 9h30 em Belém e transferido para Palmas (TO) às 11h30. Eles devem ficar presos na superintendência da PF.


Notícias Novas

Lula decidiu patrocinar uma manobra de última hora para tentar atrair para sua chapa nas eleições presidenciais deste ano um candidato a vice do PMDB. Em articulação com peemedebistas ligados ao governo, o presidente age para melar as prévias do PMDB, marcadas
para 19 de março.
O principal interlocutor de Lula no PMDB é o presidente do Congresso, Renan Calheiros (AL). Auxiliado pelo senador José Sarney (PMDB-AP), Renan tentou o quanto pôde evitar as prévias. Foi vencido. Parecia conformado. Porém o crescimento de Lula nas pesquisas animou-o a arregaçar de novo as mangas.

Depois de um encontro reservado que manteve com Lula, Renan voltou a conspirar contra as prévias. Além de Sarney, é auxiliado agora por Ney Suassuna (PMDB-PB), no Senado, e por Jader Barbalho (PMDB-PA), na Câmara.

Que maravilha! Todos são grandes democratas! Todos são cidadãos honrados! E Lula é quem mais entende de moral e ética neste país!


As denúncias envolvendo Jader Barbalho
JB Online

Jader ainda não explicou o crescimento de sua fortuna pessoal. As suspeitas envolvendo o presidente do Congresso, Jader Barbalho (PMDB-PA) datam da época em que era governador do Pará, mas nunca foram investigadas. O primeiro grande movimento com o objetivo de esclarecer as dúvidas sobre a origem da fortuna de Jader aconteceu em 1992, quando a Câmara recolheu 231 assinaturas para instalação de uma CPI contra ele. A Comissão deveria investigar o período em que o parlamentar foi ministro da Reforma Agrária (1987-1988) e da Previdência Social (1989-1990). O pedido de CPI se arrasta até hoje na Câmara, onde tramitou por 22 lugares diferentes, entre comissões, Mesa Diretora e plenário. Além do processo da Câmara a Justiça do Pará também investigou o parlamentar. Ele é suspeito de desviar recursos do Banco do Estado, o Banpará, na época em que foi governador (1984-1987). De acordo com um relatório do Banco Central, pelo menos R$ 2,5 milhões foram retirados do banco e depositados em contas de Jader no Rio de Janeiro.
Outro fato que também depõe contra Jader Barbalho são suas ligações com a liberação de verbas da extinta Superintendência para o Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Durante anos ele manteve o controle das indicações para o comando do orgão. Foi ele o responsável, por exemplo, pelas nomeações de José Artur Guedes Tourinho e de Maurício Vasconcelos, ex-superintendentes demitidos por envolvimento em projetos irregulares. Além disto ele próprio reconheceu ter feito negócio com o empresário José Osmar Borges, apontado pelo Ministério Público Federal como o maior fraudador da Sudam. O empresário, acusado de desviar mais de R$ 133 milhões de recursos públicos, foi sócio de Jader em negócios suspeitos envolvendo posses de terra no Pará.

Títulos da Dívida Agrária

De acordo com uma reportagem da revista IstoÉ o senador Jader Barbalho participou de um golpe, que rendeu pelo menos US$ 4 milhões envolvendo a venda de Títulos da Dívida Agrária (TDAs). A fraude teria sido efetuada quando ele foi ministro da Reforma Agrária do governo de José Sarney. Com base na gravação de uma conversa telefônica do subprocurador-geral da República aposentado Gildo Ferraz com o banqueiro Serafim Moraes e sua mulher, Vera Campos, a revista acusa Jader de comercializar TDAs obtidos de forma fraudulenta. Os TDAs seriam provenientes da desapropriação da Fazenda Paraíso, de propriedade de Vicente. A Justiça constatou que a fazenda só existia no papel, e o governo foi obrigado a cancelar a desapropriação e a bloquear os TDAs.

Jader pediu ao procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, a abertura de inquérito policial para apurar os fatos, que classificou de "mentirosos, caluniosos e levianos".